Os dois pontos nos quais se baseia a autorização
pela Câmara dos Deputados, a saber, os decretos de créditos suplementares e as
“pedaladas fiscais” de 2015 que deram base jurídica para o impeachment são somente
as peças que levarão ao afastamento da presidente Dilma Rousseff, ou na forma bizarra do newspeak petista, presidenta.
Considerando o mais autêntico estelionato eleitoral, onde
prevaleceu o cinismo e o engodo, Dilma acusava o candidato Aécio Neves de
planejar promover "arrocho" às custas dos mais pobres e disse que
benefícios trabalhistas não seriam mudados "nem que a vaca tussa",
coisas que ela mesma tratou de fazer, depois de eleita.
Finalmente, quando se recorda que a presidente ficou à
frente da Petrobras desde 2003, negando durante a campanha que houvesse
qualquer irregularidade na estatal, e provando-se mais tarde que bilhões de dólares
foi o prejuízo para a outrora poderosa Petrobras, inclusive com dinheiro
roubado a financiar o estelionato de 2014, compõe-se o horripilante conjunto da
obra de Dilma Rousseff.
Felizmente, o juiz federal Sergio Moro permitiu a divulgação
do grampo a que o ex-presidente Lula foi submetido, naquilo que agora vemos,
foi a bala de prata do aclamado juiz contra o lulopetismo, pois, escancarou a
tentativa da ainda presidente, Dilma Rousseff, de tentar obstruir a justiça ao
dar a Lula foro privilegiado como ministro, tentativa canhestra que está sub-judice. A divulgação do grampo
mostrou ainda Lula afirmando ser o STF um lugar de ministros acovardados, o que
tirou dele a mínima possibilidade de boa
vontade que pudesse gozar no Supremo.