DIRCEU BARROS

terça-feira, 19 de abril de 2016

O conjunto da obra de Dilma e a bala de prata no lulopetismo.

Os dois pontos nos quais se baseia a autorização pela Câmara dos Deputados, a saber, os decretos de créditos suplementares e as “pedaladas fiscais” de 2015 que deram base jurídica para o impeachment são somente as peças que levarão ao afastamento da presidente Dilma Rousseff, ou na forma bizarra do newspeak petista, presidenta.
Considerando o mais autêntico estelionato eleitoral, onde prevaleceu o cinismo e o engodo, Dilma acusava o candidato Aécio Neves de planejar promover "arrocho" às custas dos mais pobres e disse que benefícios trabalhistas não seriam mudados "nem que a vaca tussa", coisas que ela mesma tratou de fazer, depois de eleita.
Finalmente, quando se recorda que a presidente ficou à frente da Petrobras desde 2003, negando durante a campanha que houvesse qualquer irregularidade na estatal, e provando-se mais tarde que bilhões de dólares foi o prejuízo para a outrora poderosa Petrobras, inclusive com dinheiro roubado a financiar o estelionato de 2014, compõe-se o horripilante conjunto da obra de Dilma Rousseff.
Felizmente, o juiz federal Sergio Moro permitiu a divulgação do grampo a que o ex-presidente Lula foi submetido, naquilo que agora vemos, foi a bala de prata do aclamado juiz contra o lulopetismo, pois, escancarou a tentativa da ainda presidente, Dilma Rousseff, de tentar obstruir a justiça ao dar a Lula foro privilegiado como ministro, tentativa canhestra que está sub-judice. A divulgação do grampo mostrou ainda Lula afirmando ser o STF um lugar de ministros acovardados, o que tirou dele a mínima possibilidade de boa vontade que pudesse gozar no Supremo.